5 de nov de 2024 às 14:39
Uma erupção vulcânica destruiu um mosteiro na Indonésia no domingo (3) e matou pelo menos dez pessoas, incluindo uma freira.
Poucos minutos antes da meia-noite de domingo, o monte Lewotobi Laki-Laki na ilha de Flores entrou em erupção, expelindo cinzas a pelo menos 1.980 metros de altura e destruindo vilas locais, fazendo moradores evacuarem suas casas. Os moradores locais não receberam alarmes ou avisos sobre a erupção, segundo um relatório da rede de notícias Asia News.
A irmã Nikolin Padjo, chefe de um mosteiro local em Boru, no distrito de Wulanggitang, morreu na erupção, segundo um relatório da agência de notícias católica Union of Catholic Asian News. A irmã Padjo era uma missionária Serva do Espírito Santo (SSpS) e vivia no mosteiro das Irmãs Hokeng. Outra freira teria desaparecido quando as freiras fugiram em meio às cinzas vulcânicas, segundo a agência de notícias americana Associated Press (AP).
O seminário menor de San Domingo na vila de Hokeng, Wulanggitang, a menos de 6 km da cratera do vulcão, também foi danificado e pelo menos 14 pessoas que moravam no seminário ficaram feridas. Uma família inteira também morreu na erupção vulcânica, segundo a Asia News.
Cerca de 70% dos 2 milhões de moradores da Ilha de Flores são católicos. A ilha tem mais de 2,7 mil igrejas. O seminário maior de São Pedro, considerado o maior seminário do mundo, com o maior número de matrículas, fica na Ilha de Flores. A Indonésia tem cerca de 8,3 milhões de católicos, que são 3% da população do país.
Nove corpos foram identificados, e uma vítima em meio aos escombros ainda não foi identificada, segundo a agência nacional de gestão de desastres da Indonésia. A equipe local de busca e resgate está coletando dados sobre o número de moradores que estão sendo evacuados. O vulcão danificou residências em um raio de cerca de 6 km da montanha, enquanto uma chuva de cinzas caiu na área.
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A equipe de resposta local está preocupada com potenciais inundações de lava. Inundações semelhantes mataram muitos depois de uma erupção vulcânica na Indonésia em maio deste ano. A Indonésia tem sido atingida por erupções vulcânicas devido à sua posição no “anel de fogo” do Pacífico, um caminho ao longo do oceano Pacífico de vulcões ativos e epicentros de terremotos.
O governo da regência de Flores oriental designou um status de resposta de emergência para a área até 31 de dezembro deste ano. Pelo menos 10 mil pessoas espalhadas por seis vilas no distrito de Wulanggitang e quatro vilas no distrito de Ile Bura foram afetadas pela erupção, segundo a AP.
A Indonésia, que tem uma população de cerca de 280 milhões de pessoas, é composta por mais de 17 mil ilhas. No total, o país tem 120 vulcões ativos. O monte Lewotobi entrou em erupção dezenas de vezes nas últimas semanas e entrou em erupção 43 vezes desde o fim do mês passado, segundo o ministério de Energia e Recursos Minerais da Indonésia. O ministério elevou o nível de alerta do nível III para o nível IV no domingo (3), segundo Muhammad Wafid, chefe da agência geológica da Indonésia.
“Com base nos resultados do monitoramento visual e instrumental, há um aumento bastante significativo na atividade vulcânica em G. Male Lewotobi”, disse ontem (4) Wafid. O diretor da agência geológica indonésia também falou sobre potenciais inundações de lava e chuva.
Grupos da Igreja como a comissão de justiça, paz e Integridade da criação dos missionários do Verbo Divino e a Cáritas Indonésia trabalham para ajudar vítimas na ilha. A Cáritas Indonésia coordena com os grupos locais da Cáritas, Cáritas Larantuka e Cáritas Maumere, a distribuição de ajuda e avaliação de necessidades.
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