24 de abr de 2024 às 15:23
Mais de 50 mil católicos pediram à Igreja no Sri Lanka que as 171 vítimas do massacre da Páscoa de 2019 sejam reconhecidas como mártires.
No dia 21 de abril de 2019, domingo de Páscoa, oito homens-bomba atacaram duas igrejas católicas, um templo evangélico e três hotéis de luxo, matando 269 pessoas e deixando mais de 500 feridas.
Das vítimas, 171 eram fiéis católicos que participavam das missas nas igrejas de São Sebastião e Santo Antônio da cidade de Colombo, capital do país asiático.
Cinco anos depois da tragédia, no domingo, 21 de abril, a Igreja local anunciou que dará início a um processo para que seja reconhecido o martírio dos 171 católicos, que foram lembrados com várias iniciativas, como a entrega de mais de 50 mil assinaturas ao arcebispo de Colombo, cardeal Albert Malcolm Ranjith.
A arquidiocese de Colombo enviará agora um pedido oficial ao Dicastério para as Causas dos Santos para que proceda à abertura da fase diocesana da causa de beatificação.
“A coleta de assinaturas e a sensibilização dos fiéis está em curso desde o início da Quaresma. Entre as pessoas há plena consciência do dom da fé daqueles inocentes, assassinados na Igreja enquanto celebravam a ressurreição de Cristo”, disse o padre Jude Chrysantha Fernando, diretor do escritório de comunicações da arquidiocese, à agência Fides, serviço noticioso das Pontifícias Obras Missionárias, de Colombo.
O padre disse na segunda-feira (22) que no domingo (21) “houve uma grande participação dos fiéis nas celebrações: pela manhã em todas as igrejas houve missas de comemoração, e uma cerimônia especial aconteceu na igreja de Santo Antônio em Colombo, com o presença do cardeal Ranjith”, bem como de outros líderes religiosos e autoridades civis.
Em Colombo, milhares de pessoas guardaram “um momento solene de silêncio de dois minutos, que também foi observado em igrejas de todo o país, para homenagear e lembrar aqueles que perderam a vida” na Páscoa de 2019.
“Foi um momento de grande intensidade espiritual para a comunidade católica do Sri Lanka: a memória destes ‘heróis da fé’ está viva e é fonte de inspiração para muitos. Há uma grande devoção”, acrescentou o padre.
Na missa que celebrou no templo de Santo Antônio, o cardeal Ranjith disse que a Igreja no Sri Lanka pede justiça há cinco anos e exige que seja feita uma investigação internacional e independente sobre os ataques de 2019.
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